segunda-feira, 31 de agosto de 2009

HISTÓRIA DO CRÉDITO


No início do século XVII, em razão de sua excelente posição geográfica, Amsterdã tornou-se um dos grandes portos da Europa, conta John Kenneth Galbraith no seu livro ´A era da incerteza´. As atividades comerciais se desenvolveram freneticamente e o dinheiro da época (moedas de prata e ouro) circulou em abundância. Os comerciantes resolveram criar um banco municipal com a principal função de verificar a qualidade do dinheiro e dar segurança sobre o real valor das moedas em circulação (o Parlamento holandês publicou uma relação com 846 moedas de prata e outro). Muitas das moedas apresentavam deficiências em peso e pureza. Mas o banco descortinou a possibilidade e começou a utilizar parte dos recursos depositados para a concessão de empréstimos, mediante a cobrança de juros. Deve-se à descoberta da alavanca do crédito parte da enorme prosperidade econômica e cultural de Amsterdã no século XVII. Durante mais de cem anos, ali floresceram a pintura e a música. A cidade, considerada o centro mundial das artes, recebeu Rembrandt, então residente em Leiden. O Brasil do século XXI precisa da alavanca do crédito farto e barato para tocar seu crescimento econômico. A escassez do crédito, além das elevadas taxas de juros, é a principal trava da economia. O presidente Lula pretende elevar a relação crédito/PIB para 50% até 2010. A média internacional é de 100% do PIB, conclui Banjamin Steinbruch (´Rembrandt e o crédito´. Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jan. 2007, p. B2).

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